Os catos estão na moda.
Quem não tem uma destas plantas em casa, no jardim ou mesmo no trabalho? Ainda que não seja assim, seguramente de que já os viu em espaços públicos ou em lojas especializadas.
Mas porquê tanta popularidade?
A sua facilidade de cultivo, a pouca manutenção que requer e o grande número de variedades disponíveis, fizeram com que esta planta suculenta ganhe mais e mais adeptos. Catos com flores, com espinhas, natalícios ou em forma de pedras.
Existem muitos tipos de catos.
Dada a sua enorme importância na ornamentação de espaços verdes e não só, a Husqvarna aproveita a oportunidade de escrever acerca destas plantas tão especiais. Por isso, neste novo post de jardinagem vamos analisar as características, os tipos de catos mais comuns e os cuidados, tratamentos e requisitos do seu cultivo.
Verá que quando terminar a leitura vai querer ir a uma loja a comprar uma destas plantas.
Catos: Que são e quais são as suas características
Nome comum | catos |
Divisão | Magnoliophyta |
Classe | Magnoliopsida |
Ordem | Carophyllales |
Família | Cacteceae |
Origem | A família Cacteceae, conhecida no seu conjunto como catos, é originária do continente americano. Só existe uma exceção, uma das suas variedades, a Rhipsalis baccifera. |
Distribução | Estas suculentas habitam nas regiões tropicais de África, em Madagáscar e no Ceilão. Acredita-se que estas plantas chegaram ao Velho Mundo recentemente e provavelmente graças aos pássaros migratórios procedentes da América. |
Os catos constituem a família Cactaceae das plantas suculentas. Estas espécies caracterizam-se por acumular água e nutrientes nos seus tecidos. Assim podem adaptar-se sem problemas ao “habitat” em que se desenvolvem.
São capazes de sobreviver em terrenos áridos e secos.
Defendem essas reservas de água com os seus espinhos e,ainda que possa parecer que são todos iguais (em aparência, pelo menos), existem muitos tipos de catos.
Em geral, apresentam um aspeto similar.
O corpo da planta é formado pelo caule, uma estrutura de cor verde e que se encontra engrossada devido ao desenvolvimento dos tecidos fundamentais que prevalecem.
Há três formas principais de caule:
– Colunar: forma cilíndrica. Pode dividir-se a partir da base, a partir da metade ou desde a ponta, e de acordo com esta divisão a planta denomina-se basitona, mesótona ou acrótona.
– Cladódio: o caule é aplanado e tem forma de raquete.
– Globoso: é quase esférico.
Esta planta suculenta apresenta uma aréola, ou seja, uma estrutura vegetal que se encontra sobre os podarios (a base foliar dilatada e expandida em forma de pequeno tubérculo) e as nervuras. Na zona superior produzem-se as flores e na inferior os meristemos espinulíferos.
As aréolas desenvolvem pelos ou espinhos.
As suas flores e frutos. As flores dos catos são solitárias e na sua maioria hermafroditas. Os periantos são formados por numerosas tépalas colocadas em espiral.
Os frutos costumam ser indeiscentes, em forma de baga e poucas vezes, secos.
Quais são os tipos de catos mais comuns?
Os catos são a família das plantas suculentas mais comum e popular de todas as que existem. Na atualidade, desenvolvem-se um grande número delas, sendo todas diferentes entre si quanto ao tamanho, forma, o caule ou as flores.
Há catos com espinhos, sem espinhos, com flor, sem flor, grandes, pequenos, etc.
Mas tal como muitas outras plantas com diferentes espécies, algumas são mais populares que outras. Por isso, em secções posteriores, vamos abordar os tipos de catos mais populares na ornamentação de jardins.
Se está à procura de inspiração, está no sítio adequado!
Lithops, o tipo de cato mais curioso
Vamos despertar a sua curiosidade começando com um dos catos mais peculiares.
Lithops, também conhecido como planta pedra o pedra viva, é o exemplo evidente de como uma espécie é capaz de se adaptar ao meio. Como pode supor pelo seu nome, esta planta adotou a forma de uma pedra. A razão é simples: proteção contra os animais.
Instinto de sobrevivência!
Os Lithops desenvolvem-se formando grupos de duas folhas acopladas, divididas no meio por uma fissura. Desta pequena ranhura crescem as flores. De superfície plana, as plantas pedra têm uma forma cónica ou cilíndrica.
As diferentes espécies de Lithpos possuem a uma ampla variedade cromática: podem ser de cor verde, rosa, violeta, com manchas, podem ter estrias ou pontas.
Florescem durante o outono.
As flores das plantas pedra são de hábito noturno, têm forma de margarida (mas mais grandes) e desprendem uma leve fragrância. De cada um dos catos só cresce uma única flor.
São suculentas que se desenvolvem muito bem em espaços de muita luz solar direta.
Não suportam o excesso de água. Os encharcamentos podem chegar a produzir putrefação, sobretudo depois da floração, pelo que se recomenda usar substratos arenosos. Além disso, as regas devem ser feitas com sumo cuidado para não nos excedermos.
A água perfeita para a rega é a da chuva.
Durante a época de repouso do Lithpos, ou seja, no inverno, as necessidades hídricas diminuem consideravelmente, portanto, as regas devem ser efetuadas com menos regularidade. Uma vez por mês pode ser suficiente.
Guie-se pela humidade da terra e as condições meteorológicas.
Echinocactus grusonii, ou barril dourado
O Echinocactus grusonii também conhecido como bola de ouro, barril dourado ou assento da sogra, é originário do centro do México. Esta planta suculenta é uma das mais cultivadas, mas apesar disso, está catalogada como espécie em perigo de extinção no seu “habitat” nativo.
Devido à sua chamativa forma de barril, esta espécie de catos goza de grande interesse ornamental. É muito habitual vê-la como decoração de jardins, terraços e espaços públicos.
É o fiel representante dos catos de espinhos.
O Echinocactus grusonii possui umas aréolas muito marcadas, uma tonalidade verde muito viva e umas nervuras muito proeminentes. Os seus espinhos são fortes e redondos e podem apresentar um cor amarela ou avermelhada.
O cato ouriço floresce no verão. As suas flores aparecem nas aréolas superiores dos exemplares adultos, são vermelhas e amarelas e duram aproximadamente 3 dias. Esta limitação, em conjunto com a forma de barril, convertem-no numa planta muito desejada.
Será fácil de cuidar?
Esta espécie requer poucos tratamentos, como quase todas as suculentas. Necessita de estar localizada num espaço com muito sol (recordamos que é uma planta de deserto), não sobrevive a geadas e cresce melhor nos solos formados de terriço de folhas e areia grossa.
E como todos os catos, não requer grandes quantidades de água.
Opuntia ficus-indica, a figueira-da-Índia
Esta planta arbustiva da família Cactaceae é originária da América. No continente europeu pode ser encontrada na bacia do Mediterrâneo, portanto no Sul da Europa, Médio Oriente e Norte de África.
A figueira-da-índia é um cato em forma de moita que pode alcançar os 4 metros de altura – e o mesmo de largura! Cresce muito rapidamente e produz segmentos caulinares planos, de cor verde azulado e sem espinhos.
Como a maioria de variedades deste género, carece de folhas anemófilas, ou seja, não tem as folhas normais de uma planta. A figueira-da-índia apresenta dois tipos de espinhos. Uns são duros e compridos e os outros finos e com pelos.
Floresce uma vez ao ano e desenvolve flores em forma de coroa.
O seu fruto tem casca grossa e espinhosa e a polpa tem numerosas sementes. Quando madura, converte-se numa baga de forma oval que pode chegar a medir uns 10 centímetros, aproximadamente.
Este cato necessita de Sol pleno para se desenvolver de forma ótima. O melhor substrato é o que seja poroso e, sobretudo, que apresente uma boa drenagem, pois o excesso de água pode provocar o apodrecimento desta planta.
Multiplica-se por estacas.
Schlumbergera truncata, ou cato de floresta
O cato de floresta, também conhecido popularmente como cato de Natal ou flor de Maio é uma das espécies mais comuns durante a época de inverno. Originária das regiões tropicais do Brasil, os seus usos são principalmente ornamentais.
É uma planta perene carnosa, com folhas aplainadas e com flores que podem variar de cor. Podem ser brancas, cor-de-rosa, vermelhas ou púrpuras. Os seus caules são formados por artículos planos que se bifurcam várias vezes à medida que o cato vai crescendo. Apresentam um contorno dentado e não dispõem de espinhos.
Floresce de maneira espetacular durante o outono do hemisfério sul (a primavera no nosso hemisfério), daí o seu nome.
E o seu cultivo?
Esta planta suculenta desenvolve-se em zonas de sombra ou semi sombra. Quando se lhe proporciona poucas horas de luz, a sua floração será mais espetacular. Necessita de alguma humidade ambiental e cresce melhor em lugares frescos.
Não tem período de repouso durante o inverno.
Por se tratar de um cato de origem tropical, deve ser regado mais que outros catos, mas procurando sempre que o substrato não fique encharcado. O substrato ideal é o que se encontre formado por areia e turfa.
Multiplica-se por estacas, enxertos ou sementes.
Mammillaria fraileana, o cato com flores cor de rosa
O Mammillaria fraileana é um cato originário do México. Destaca-se pela sua característica aparência e por isso, é de grande interesse ornamental. Esta espécie converteu-se na suculenta perfeita para decorar jardins e espaços interiores.
Trata-se de uma planta perene e carnosa (acumula água e nutrientes nas suas folhas e no caule). Tem uma forma cilíndrica com tonalidade púrpura a avermelhado e geralmente, forma pequenos travesseiros.
Pode alcançar uma altura aproximada de 15 centimetros.
As duas aréolas, ao contrário de outros catos, não contêm látex. Medem vários centímetros e têm espinhos. As laterais são como agulhas, macias e de cor branca, de uns 8 milímetros de comprimento. No entanto, as centrais são mais compridas e castanhas.
A mamilaria floresce na primavera.
As flores têm forma de campânula, são cor de rosa e apresentam sépalas tingidas. O fruto que produzem é vermelho e no interior possui uma semente negra.
Este cato, tal como os já mencionados neste artículo, requer certos cuidados para se desenvolver como é devido. Trata-se de uma planta que necessita de muita luz para crescer, umas temperaturas que não baixem de 10⁰ (recordamos, é originária do México) e uma localização fresca.
As regas são necessários quando o substrato está seco.
Durante as estações de mais calor deve-se regar ao menos uma vez por semana. No entanto, no inverno ou outono, basta regar uma vez por mês. É importante assinalar que, se as temperaturas diminuírem consideravelmente, é melhor ter a terra totalmente seca.
Não tolera os encharcamentos.
Produtos que podem ser do seu interesse para cuidar dos seus catos
Quando se dispõe a cuidar dos catos do seu jardim, há ferramentas que pode empregar para agilizar o processo e, sobretudo, para evitar possíveis problemas ou danos ao exemplar. Por isso, a seguir recomendamos alguns produtos que podem ser perfeitos para desempenhar alguma das tarefas mencionadas anteriormente.