Podar é uma das mais importantes tarefas para manter a saúde e o encanto do seu jardim. É uma arte quando a planta é podada para melhorar o seu aspeto e atratividade; e é uma ciência saber como, onde, quando e o porquê de remover ramos.
Neste artigo, vamos mostrar como a fisiologia das plantas nos pode ajudar a podar árvores e arbustos da forma correta. O “how-to” da metodologia da poda é vasto — vamo-nos focar em técnicas que são compatíveis com a forma natural e com os padrões de crescimento.
E vai ficar a saber que com a poda adequada, cria uma paisagem esteticamente apelativa e com o tempo, vai reduzir a necessidade de manutenção crónica.
A razão mais comum para podar é manter o tamanho de uma árvore, de um arbusto ou sebe. Muitos jardineiros assumem erradamente que o tamanho de uma árvore, arbusto ou sebe pode ser arranjado pela poda. Mas os tamanhos das árvores, das sebes ou arbustos são controlados pela genética e pelo ambiente.
Podas frequentes e maciças esgotam os recursos da planta e pode acabar por permitir a invasão por pragas e agentes patogénicos. Se um arbusto tiver que ser podado por tamanho mais de uma vez por ano, é provável que esteja no lugar errado, por isso considere movê-lo.
Treinar árvores jovens é o segundo motivo da poda. Dessa forma, pode corrigir problemas futuros antecipadamente. Não deve podar árvores jovens para fazê-las parecer adultas em miniatura. Técnicas formais de poda, como topiaria, ‘bonsai’ ou espaldeira, devem ser feitas por especialistas.
Outra razão evocada para podar é a manutenção da saúde e vigor da planta. Isto significa remover competidores assim que possível; remover ramos (ou galhos) mortos, danificados ou doentes em qualquer época do ano e retirar ramos (ou galhos) que interferem com outros ramos, especialmente se estão em concorrência.
A segurança é outra razão para podar. Deve considerar o potencial de risco que as suas árvores ou arbustos podem pôr para pessoas ou bens. Doença ou defeitos estruturais em galhos e troncos podem necessitar de ser removidos. Escolha as espécies apropriadas para evitar problemas futuros com raízes agressivas ou copas perigosas.
Ao ponderar o quando podar, considere como a poda vai afetar o crescimento futuro da planta. A poda seletiva é realizada tendo em consideração a forma como a planta vai responder à poda. A planta mantém a sua forma natural, não vai parecer que foi podada.
Ao podar, pode-se estimular gomos adormecidos que estão por debaixo do corte. Onde são estimulados depende de onde o corte for feito. Os gomos mais próximos do corte são libertados da dormência primeiro.
Desramar não é recomendado, com poucas exceções. O desrame é feito entre nós — de onde as folhas ou outros ramos saem – de tecido lenhoso. Quando se faz o desrame, um galho mantém-se. Esse galho vai morrer ou perder a graça e pode ser uma porta de entrada para as doenças.
Quando faz cortes na copa, corre-se o risco de desenvolver rebentos aquáticos. Ao contrário dos rebentos radiculares, que vêm do sistema radicular, os rebentos aquáticos vêm da copa e são ramos verticais vigorosos que geralmente são pouco atraentes. Quando tem rebentos aquáticos, geralmente tem que removê-los e, em seguida, mais rebentos aquáticos se desenvolvem. Isso requer manutenção constante.
Os cortes na copa devem ser efetuados durante a época de crescimento para melhorar a floração. Isso é adequado para arbustos e outras espécies de múltiplos troncos com brotos terminais.
Outra razão pela qual é legítimo fazer cortes na copa é se precisa de remover um arbusto ou flores de árvores que morreram.
Outra razão para ponderar fazer uma poda na copa é quando se opta pela abordagem do ‘tudo ou nada’. Isto é apropriado apenas para as espécies com múltiplos troncos. Esta abordagem é boa para arbustos e pequenas árvores que se tornaram espigadas. É basicamente um último recurso — uma maneira de começar de novo quando se está insatisfeito com a forma da sua planta e é muito difícil fazer podas de restauro. Se são saudáveis, as plantas responderão a essa abordagem com um vigoroso crescimento da copa.
Este é outro tipo de poda, feita em ramos grandes ou em troncos. O desbaste mantém o padrão de crescimento da planta. Do desbaste é raro aparecerem rebentos aquáticos. Esta é uma poda que se faz durante o crescimento da árvore: remove-se os galhos mais baixos à medida que vão ficando à sombra. Não faça este tipo de poda quando as árvores são jovens, dado que esses galhos baixos são importantes para defender a casca jovem; nas árvores mais velhas, a casca é mais grossa e são capazes de sobreviver quando se removem esses ramos.
Também pode usar a poda de desbaste para limpar a copa, o que implica remover alguns dos galhos interiores que se tornaram demasiado densos para deixar entrar a luz e aumentar a penetração do ar.
A pode de desbaste também pode ser usada para ‘arborizar’ um arbusto, ou para fazer um arbusto parecer-se mais uma árvore. Este método, que passa pela remoção de ramos inferiores, pode ser feito em arbustos de tronco único que crescem até um tamanho maior, como os rododendros. Arborizar arbustos torna-os mais atraentes e funcionais, especialmente em jardins mais pequenos.
Existem alguns cuidados a ter em conta quando se trata de poda. Primeiro, seja conservador na poda de árvores mais velhas, porque elas são menos resistentes à medida que envelhecem. Em segundo lugar, esteja ciente dos padrões de floração: se tem uma árvore que floresce na primavera, é muito provável que ela forme os seus rebentos no outono. Caso faça a poda depois que os rebentos forem formados, não terá flores na primavera porque florescem na madeira do ano anterior.
O equipamento correto para podar inclui serra e tesoura de poda; para galhos menores, use tesouras de poda; para ramos que são grandes demais para que a tesoura se possa usar com facilidade e ser capaz de cortar, use a serra.
Mantenha limpas as superfícies de corte das ferramentas, para evitar o espalhar de doenças. Para tal, use desinfetantes domésticos não corrosivos.
Quando estiver a estimar onde exatamente vai efetuar os cortes, procure por pontos onde os ramos estão ligados ao tronco ou a outros ramos. O tecido no ponto onde o galho sai do tronco ou de outros ramos é o ponto onde ocorre naturalmente a selagem. Não corte aí. Corte imediatamente acima e paralelo a esse ponto.
A quantidade de poda varia consoante a espécie, a idade e as condições ambientais. Como regra geral, não deve podar mais do que 25% (um quarto) da folhagem por ano. As podas de restauro levam, pois, vários anos a completar. A poda excessiva levam ao aparecimento de rebentos aquáticos e rebentos radiculares.
Se trabalha com coníferas, tenha cuidado, dado que têm menos rebentos dormentes que as angiospérmicas na madeira.
Se podar em demasia pode ficar com madeira nua, que dificilmente volta a crescer.
Não pode após transplantar. Se o fizer, vai estimular o crescimento da copa, sendo que o que se pretende ao transplantar é que os recursoa da planta se foquem no enraizamento.
Saberá que é um especialista em podas quando não se notar que acabou de podar a árvore, arbusto ou sebe.
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