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O que é a silvicultura e que importância tem em Portugal

O que é a silvicultura e que importância tem em Portugal

Se alguma vez se deteve a observar alguma imagem de satélite da Europa, terá notado o quão verde é o Velho Continente. Se reparar nos detalhes, verá que alguns países se destacam mais do que outros pelos seus fortes tons verdes.

No ‘ranking’ europeu, a Suécia é o país com maior massa florestal, com 66,2% do seu território coberto por florestas. Portugal ocupa o 7.º lugar, com aproximadamente 36,7% de território florestado, à frente de países como França, Alemanha ou Polónia.

Evidentemente, esta grande extensão florestal proporciona muitos benefícios para o ecossistema e para a população de Portugal, desde a criação de postos de trabalho à conservação da biodiversidade.

Por tudo isto, a silvicultura tornou-se uma atividade económica realmente importante para o país. No obstante, o desleixo ou a falta de preocupação com as suas práticas e funções também tem um forte impacto na biodiversidade da geografia, como o monocultivo de eucalipto ou a falta de gestão florestal, que pode contribuir para os incêndios e a degradação dos ecossistemas.

O que é a silvicultura?

Segundo os dicionários, a silvicultura é a “ciência do cultivo florestal e das suas plantações”. É uma atividade importantíssima para o cuidado das grandes massas florestais e o seu aproveitamento para as necessidades humanas, dando prioridade sempre à saúde da floresta e ao seu uso responsável e sustentável.

Será isto o mesmo que exploração florestal? Na verdade, não. A diferença substancial é que a silvicultura se preocupa principalmente com a conservação e a manutenção da floresta, embora não seja incompatível com a sua exploração controlada.

Pelo contrário, a exploração florestal tem como objetivo principal a extração de recursos de uma superfície de floresta, como a madeira, material necessário para o fabrico de móveis ou para a construção de habitações.

Portanto, as funções da silvicultura são chave, tanto para o ambiente natural como para o desenvolvimento do ser humano. Estas são algumas das mais relevantes:

 

Obtenção de recursos

Como referido anteriormente, embora o principal objetivo da silvicultura seja conservar e manter a floresta, isso não impede que se possam extrair recursos como madeira, resinas ou frutos. No entanto, isto é feito de forma controlada, limitando a extração para que esta seja sempre realizada de maneira sustentável, fomentando o uso de máquinas com menos emissões e sem pôr a floresta em perigo.

Luta contra as alterações climáticas

As florestas bem geridas através da silvicultura são uma barreira natural contra as emissões de CO₂ ou o aquecimento global. São um ator importante para equilibrar a saúde do planeta e mitigar os efeitos das alterações climáticas. Além disso, regulam os ciclos da água, previnem a erosão do solo e fomentam a biodiversidade.

Prevenção de riscos

Uma floresta bem gerida está preparada para os incêndios florestais que a ameaçam durante o ano – especialmente no verão –, ou para pragas ou doenças que poderiam acabar com a superfície florestal e os seus arredores.

Criação de habitats

Quando uma floresta é saudável e está bem gerida, torna-se um paraíso para centenas de espécies de animais e plantas. Muitas delas dependem exclusivamente de a floresta gozar de boa saúde para encontrar os recursos necessários para sobreviver.

Contacto com a natureza

A silvicultura transforma as florestas num espaço de recreio, para além de dar abrigo a diferentes espécies de fauna e flora. São um ponto de contacto entre a natureza e o ser humano. Nelas, pode encontrar verdadeiros espaços de paz e desconexão.

 

Qual é a importância da silvicultura em Portugal?

Retomando o início deste artigo, visto do espaço, Portugal destaca-se por ter numerosas e grandes zonas verdes, especialmente na zona norte do país. Tal densidade florestal tem um importante impacto socioeconómico. De facto, segundo o Conselho de Administração Florestal (FSC), organização internacional que promove a gestão florestal responsável, as florestas constituem o principal uso do solo em Portugal, proporcionando benefícios de diferente índole ao país.

Este aproveitamento do solo gera desde mais de 100 mil postos de trabalho até grandes espaços que fomentam a biodiversidade.

As boas práticas de silvicultura têm favorecido o aparecimento e conservação de enormes áreas verdes que contribuem para o país do ponto de vista económico, social e sustentável.

As florestas do Gerês

Pela sua beleza e rica biodiversidade, as florestas do Gerês são um património natural para Portugal. Se nos adentrarmos no interior deste Parque Nacional, podemos encontrar espécies como azinheiras, sobreiros ou medronheiros, juntamente com uma enorme diversidade de animais e plantas.

Pela sua grande dimensão, 702,9 km², as florestas do Gerês são alvo dos incêndios florestais, sejam causados pelo calor de verão ou pelo próprio ser humano.

Um dos marcos conseguidos em torno desta grande massa florestal é ter intervencionado 418 hectares para prevenir a ameaça constante do fogo.

Além disso, através da reflorestação, práticas sustentáveis e a adaptação às alterações climáticas com espécies mais resilientes, conseguiu-se aumentar o armazenamento de CO₂ em 80%.

Florestas de Montados

Os Montados são sistemas agroflorestais ou zonas multifuncionais. O principal recurso de que vivem algumas das comunidades próximas é a cortiça. A Associação de Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Limítrofes (APFC) é o grupo de silvicultores que gere esta extensão verde e que conseguiu restaurar 109 hectares de floresta, proteger até 23 hectares dedicados a atividades recreativas e incrementar em 2,8% ao ano o armazenamento de carbono.

Montanhas Mágicas

O projeto das Montanhas Mágicas localiza-se ao longo do rio Paiva e é reconhecido pelos seus benefícios em biodiversidade, atividades recreativas e para o próprio clima da zona. A 2BForest é o grupo de silvicultores que se encarrega da sua gestão e salienta que esta área está muito ameaçada por espécies invasoras e pelos incêndios florestais. Desde que se encarregaram da manutenção e conservação da floresta, estes silvicultores conseguiram restaurar 109 hectares de espaço verde, recuperar 23 hectares para atividades recreativas e incrementar 2,8% ao ano a captura de emissões de carbono.

Laurisilva da Madeira

A floresta da Laurissilva da Madeira é uma relíquia mundialmente, com um atrativo incomparável para os amantes da natureza. Estima-se que tenha cerca de vinte milhões de anos de antiguidade, pelo que se poderia dizer que é um fóssil que alberga milhares de formas de vida. Muitas das suas árvores são centenárias, da família das lauráceas.

Em 1999 foi nomeada Património da Humanidade pela UNESCO. Além de ser um grande pulmão verde no meio do Oceano Atlântico, a silvicultura, através da conservação e manutenção, transformou a floresta da laurissilva num lugar espetacular para aprender sobre a evolução do nosso planeta, assim como desfrutar de numerosas atividades recreativas num espaço único.

Por outro lado, a fraca gestão silvícola tem um impacto negativo evidente. De facto, na história de Portugal há exemplos de más práticas que provocaram alguns dos momentos mais horríveis da sua história, como os grandes incêndios de 2017, que reduziu a cinzas mais de 30.000 hectares de florestas no centro do país, causando a morte de 114 pessoas.

Neste caso, a falta de meios humanos pelo desmantelamento dos serviços florestais e cortes em políticas associadas a estes ecossistemas fizeram com que as florestas não estivessem preparadas para uma ameaça tão destrutiva.

Por outro lado, a exploração intensiva dos pinhais do país fez com que a superfície de coníferas de Portugal se tenha reduzido para metade em meio século, arrastando um declínio progressivo como consequência destas práticas, mas também pelos incêndios florestais, o abandono e a expansão de espécies invasoras, como o eucalipto, que é já bem reconhecível em praticamente toda a costa atlântica.

Com estes exemplos, vemos a importância da silvicultura, não só em Portugal, mas em todo o mundo. É uma atividade determinante que garante a sobrevivência de milhares de espécies para equilibrar a saúde do planeta e, consequentemente, a de todos os seres humanos.

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