Existe a crença popular de que todas as plantas necessitam de grandes quantidades de luz solar para crescer e sobreviver. E se lhe dissermos que isto não é totalmente correto?
Existem numerosas variedades vegetais que se desenvolvem de forma ótima sob condições de pouca ou nenhuma luz. Estas espécies são conhecidas como plantas de sombra ou semi-sombra.
Costumam caracterizar-se por ter grandes folhas, pois ao fim e ao cabo, são as que se têm que encarregar de captar a maior quantidade de luz (independentemente da forma em que lhe é proporcionada). Além disso, apresentam flores pequenas.
Fetos, hortênsias e difenbáquias, todas elas plantas de sombra.
Este tipo de vegetação costuma usar-se para decorar o interior das casas, mas também é muito habitual vê-las em zonas exteriores com telhado, como, por exemplo, terraços ou varandas.
As plantas de sombra, como as restantes plantas, requerem uma série de cuidados para que o seu crescimento seja ótimo e para evitar pragas e doenças.
Se tem um jardim em que a luz não é abundante e não sabe o que plantar, este tipo de espécies podem ser perfeitas. Neste artigo vamos analisar estas três plantas mencionadas. Para tal, detalharemos as suas características, os cuidados de que necessitam e as pragas ou doenças que, de alguma forma, podem prejudicar o crescimento destas plantas de sombra.
Continue pois a ler!
As plantas de sombra mais populares
Nem todas as plantas requerem luz solar direta para crescer de forma adequada, pois tal como mencionamos acima, existe um grande número de espécies vegetais que se desenvolvem otimamente mesmo quando se encontram privadas de luz.
Muitas delas são variedades que se plantam em zonas exteriores como o próprio jardim ou espaços com tetos como os terraços. Outras são cultivadas no interior das vivendas, formando parte da decoração.
As plantas de sombra têm um aspeto muito característico. A maioria delas possuem pequenas flores de cores pouco chamativas e folhas muito verdes e grandes que captam a pouca luz que lhes chega.
Las verdadeiras protagonistas são as folhas.
A seguir analisamos três das plantas de sombra mais comuns: os fetos, as hortênsias e as difenbáquias. Caso tenha interesse no cultivo das mesmas e para que a plantação seja-lhe mais simples, também explicaremos quais são os cuidados de que necessitam e as pragas e doenças que podem afetar o desenvolvimento das plantas.
Difenbáquia, a planta de sombra com folhas de cor verde intenso
Nome científico: Dieffenbachia maculata
Nome comum: Difenbáquia
Classe: Liliopsida
Ordem: Alismatales
Família: Araceae
Origem: a difenbáquia é uma planta sempre verde nativa das regiões do México, América Central, Caraíbas e norte da América do Sul.
A difenbáquia é uma planta que tolera as zonas semi sombrias melhor que a maioria, mas não resiste nem à luz solar direta nem à humidade extrema.
Pode chegar a alcançar os 3 metros de altura e apresenta um caule erguido e carnoso. Deste brotam pecíolos compridos que se distribuem num diâmetro de aproximadamente 60 cm. Outra das particularidades da planta é a aparência das suas folhas. Estas são largas, grandes e de cor verde muito intenso. Nalgumas variedades da difenbáquia, as folhas apresentam umas manchas esbranquiçadas que conferem mais beleza à planta.
A maior parte das que se comercializam são híbridos da Diefembachia maculata, de folhas ovais e manchas cor de marfim.
Tanto as folhas como o caule têm toxicidade devido às suas células. Se forem mastigadas ou ingeridas, podem inflamar os lábios, a língua e a faringe.
Como cuidar da difenbáquia: Requisitos para um crescimento ótimo
Como todas as plantas, a difenbáquia também necessita de alguns cuidados especiais para que o seu desenvolvimento se faça da melhor forma possível.
– Luz: Ainda que seja uma planta de sombra, também requer alguma luz solar para poder crescer. Não tolera o sol direto e a quantidade de luminosidade de que necessita depende do tipo de variedade de difenbáquia que seja. Nunca se deve pôr numa janela ou numa zona em que os raios do Sol cheguem de maneira direta.
– Temperatura: É muito sensível às baixas temperaturas e às correntes de ar. O ideal é plantá-la em zonas abrigadas e em que a temperatura não baixe dos 10º centígrados. Quando a temperatura ambiental não é a correta, as suas folhas inferiores começam a cair.
– Humidade: Não tolera a secura do ar, pelo que não é recomendado colocá-la em zonas onde o aquecimento esteja perto. A humidade relativa deve ser mantida regular e portanto é recomendado pulverizar água nas suas folhas (a quantidade dependerá da zona em que esteja plantada).
– Substrato e fertilizante: o substrato deve ser solto e com uma boa drenagem para evitar a perda de folhas e o apodrecimento dos caules. Deve-se adubar com fertilizante vegetal a cada 15 dias ou todos os meses e com especial ênfase entre outubro e janeiro.
– Rega: Durante o verão necessita de regas mais frequentes que no inverno. Para evitar que as folhas não se desidratem, é aconselhável não deixar secar por completo a terra. Não tolera os encharcamentos de água.
Pragas e doenças a que está exposta
Ainda que se considere uma planta resistente, a difenbáquia pode sofrer as seguintes pestes e doenças:
– ácaro-vermelho: Coloca-se na parte de trás das folhas e provoca que estas mudem de cor e se tornem amarelas. Quando a quantidade deste inseto é considerável, as brácteas acabam por secar e cair. A aparição deste tipo de praga fica a dever-se à secura do ambiente. Para evitar o seu ataque deve-se pulverizar a planta, e no caso de já estar infetada, usar acaricidas.
– Cochonilha: Este parasita suga a seiva da planta, expulsando-a depois sobre as folhas. Tempo depois, esta substância termina por converter-se num fungo que provoca a aparição de manchas nas brácteas. A melhor forma de combater esta praga é recorrer a remédios químicos para as plantas mais grandes e exteriores, e a soluções caseiras (algodão molhado em álcool) para as que têm um tamanho inferior.
– Pulgões: É uma das pragas mais comuns das espécies vegetais. Estes pequenos insetos de cor negro colocam-se na parte de trás das folhas para se alimentarem da seiva da planta. Como consequência aparecem manchas e deformações nas folhas.
– Fungos: Destaca-se o fungo Phytophthora palmivora. Ele produz manchas brancas e de aspeto húmido nos caules da planta e nas zonas próximas ao solo. As folhas acabam por murchar. Caso esta doença persista, a difenbáquia pode morrer. A solução? Pulverizar com um fungicida específico quando a doença estiver na primeira etapa pois quando os fungos já tiverem colonizado a planta, combatê-los é muito difícil.
Fetos, a planta de folhas descaidas
Nome comum: Fetos
Classe: Filicopsida
Divisão: Monilophyta
Família: Araceae
Origem: A origem dos fetos varia em função da espécie mencionada. Existem alguns que habitam em zonas tropicais, outros cujo habitat são as regiões equatoriais e algumas espécies que crescem no clima mediterrânico.
O feto é um tipo de planta que vive no nosso planeta desde há milhões de anos. Desde então espalharam-se por todo o globo à exceção dos desertos e das regiões polares. Possui uma grande variedade de espécies, e todas e cada uma de elas adaptou-se a viver em zonas de sombra ou semi sombra.
Converteu-se numa planta muito apreciada na decoração de interiores devido à distribuição das brácteas.
Quanto ao aspeto: os fetos, tal como referido, caracterizam-se pelas suas folhas elegantes. Estas são estreitas e alargadas. O caule é subterrâneo e tem uma reprodução particular por meio de “esporângios”.
É habitual ver-los dependurados em vasos.
Esta planta de sombra provém de bosques umbrosos, matagais de zonas chuvosas e terrenos pobres de regiões como a mediterrânea ou a tropical.
Requisitos para que os fetos cresçam de forma ótima
Apesar de existirem no nosso planeta há milhões de anos e ainda que sejam plantas muito resistentes, os fetos, como as restantes, necessitam de alguns cuidados específicos para que o seu crescimento seja o melhor.
Estes requisitos estão relacionados com a luz que recebem, a temperatura a que estão expostos, a rega ou o adubo.
– Luz: Como já mencionado, os fetos adaptaram-se a viver em zonas de sombra ou semi sombra, mas ainda assim necessitam de luz solar. Não toleram o sol direto, por isso devem-se colocar em espaços que estejam iluminados de forma indireta.
– Temperatura: são originários de climas tropicais e equatoriais, portanto necessitam de viver em lugares com umas temperaturas próximas dos 20 graus centígrados. As melhores localizações são as que não têm correntes de ar, como por exemplo os quartos de banho.
– Humidade: tal como a temperatura, a humidade deve ser elevada. Para gerar maiores níveis de humidade, pode-se optar por por o feto em dois vasos (um pequeno metido no interior de um recipiente maior) ou por um humidificador perto.
– Rega: a rega deve ser periódica para manter o ambiente e a terra húmidos. Recomenda-se regar todos os dias na época de maior calor e reduzir a quantidade de água no inverno.
– Fertilizante: uma vez ao mês fertilizar a planta com um adubo especial para lhe fornecer os nutrientes de que necessita.
– Poda: Tirar as partes mortas ou doentes para evitar que morra como consequência de alguma doença ou peste.
As pragas ou doenças que afetam os fetos
Ainda que sejam plantas muito resistentes, os fetos podem ser afetados por diferentes pestes e doenças. Muitas vezes, se não se consegue erradicá-las, a planta chega a morrer.
Uma das pragas mais habituais são as cochonilhas. Estes pequenos insetos sugam a seiva das plantas e expulsam o seu melaço nelas. Como consequência, as folhas deformam-se e aparecem manchas nelas.
Também pode sofrer o efeito de diversas bactérias que podem causar necrose nas folhas mais jovens ou nas raízes da planta. Além disso, alguns vírus são os responsáveis por deformações das folhas e da aparição de manchas necróticas.
As hortênsias, uma espécie colorida
Nome científico: Hydrangea
Nome comum: hortênsias
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Família: Hydrangeaceae
Género: Hydrangea
Origem: o género Hydrangea é constituído pelas plantas ornamentais denominadas hortênsias. São originárias do sul e este da Ásia (China, Japão ou Coreia) e da América.
A hortênsia é uma das plantas mais populares na decoração de jardins graças às suas grandes e coloridas flores. Florescem no início da primavera e as suas inflorescências agrupam-se no extremo dos caules.
Cada uma das flores individuais tem um tamanho relativamente pequeno, mas ao agrupar-se em cachos, o desdobramento de cor aumenta. A cor das inflorescências varia de acordo com o pH do solo em que estão plantadas. Por exemplo, em terrenos ácidos, as flores são azuis, e em solos alcalinos são cor-de-rosa ou brancas.
Como cuidar das hortênsias
Esta planta cultiva-se para uso ornamental e como todas as espécies vegetais, necessita de alguns cuidados especiais para que o seu desenvolvimento seja ótimo.
– Rega: Devem-se regar abundantemente e de forma frequente na época de primavera-verão. O seu substrato deve estar molhado (nunca encharcado) e o cabelame radicular deve ser pulverizada para criar um ambiente húmido (sem humidade elevada).
– a hortênsia não suporta temperaturas baixas nem geadas, portanto, quando chegar o inverno recomenda-se colocar a planta numa zona interior com um ambiente agradável.
– o solo em que se planta deve ser rico em nutrientes, ácido e com uma boa drenagem.
– Desenvolvem-se de forma ótima em zonas com pouca luz. Durante a primavera, a hortênsia necessita de luz solar para florescer (nunca sol direto, pois pode queimar-se).
– Recomenda-se retirar todas as ervas daninhas que se desenvolvam ao redor do vaso. Esta tarefa fará com que a hortênsia cresça com energia. Além disso, deve-se podar de forma constante e fazer com que o desenvolvimento se centre em uns poucos caules – desta forma, estes desenvolver-se-ão fortes.
Quais são as pragas e doenças mais comuns da hortênsia?
As principais pragas da hortênsia são o pulgão e o ácaro-vermelho. Ambos os insetos colocam-se na parte de trás das folhas, sugam a seiva da planta e causam problemas nas suas brácteas. No caso da peste por pulgão, deformam as folhas e aparecem manchas. Por outro lado, os ácaros fazem com que as folhas mudem de cor e se tornem amarelas. A solução? Um inseticida específico e um acaricida.
Quando às doenças, as mais habituais são os fungos que produzem a putrefação da hortênsia e danificam as folhas. Outra doença é a clorose. Esta aparece devido à existência de um pH demasiado alto. Os seus efeitos podem ser vistos nas brácteas, pois estas alteram a sua cor.
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