Novo artigo de jardinagem. Desta vez, vamos tratar de responder a uma das perguntas mais recorrentes quando se pretende decorar um jardim ou um espaço verde:que espécies planto?
A chave são as árvores ornamentais.
Neste post do blogue analisaremos algumas das espécies mais populares e mais comuns no que se refere à decoração. Por isso, se está a pensar em encher de vida um espaço pouco ou nada aproveitado, a melhor maneira para se inspirar é ler este artigo!
De acordo com as características e as condições de cultivo, é melhor plantar uma variedade ou outra, portanto, analisaremos cada um dos fatores a ter em conta nos seus cultivos.
Árvores ornamentais: três espécies mais comuns
Decorar um jardim não é simples. Há milhares de espécies que podem ser plantadas nesse espaço, mas nem todas são as mais adequadas.
Uma planta ou outra é crucial para conseguir o jardim sonhado.
Conhecer as características das espécies, os cuidados que necessitam ou as condições de cultivo que se devem cumprir, é bastante importante.
Na lista da vegetação mais popular estão as árvores ornamentais. Por isso, neste artigo trazemos algumas das espécies mais comuns para plantar no jardim.
Bauhinia variegata, a árvore caducifólia originária da Ásia
- Nome comum: Pata de vaca, árvore das orquídeas.
- Nome científico: Bauhinia variegata L.
- Classe: Magnoliopsida
- Ordem: Fabales
- Família: Fabaceae
- Género: Bauhinia
- Origem: Este árvore caducifólia é originária da Ásia, concretamente da China, Índia, Nepal, Tailândia e Vietname. Cultiva-se em climas tropicais e subtropicais. Nalgumas zonas das Caraíbas já se tornou autóctone.
A Bauhinia variegata é uma árvore ornamental caducifólia que pode chegar a medir 10 metros de altura. É uma das espécies arbóreas mais adequadas para jardins pequenos.
A pata de vaca tem uma copa mais ou menos arredondada e estendida. O tronco é curto e a casca é de cor castanho-clara. Com o tempo, a casca torna-se mais escura, fissura-se e forma escamas.
As folhas crescem de forma alternada e caem na estação seca.
São compridas (podem alcançar os 20 centímetros de comprimento) e a sua forma é arredondada. Têm dois lóbulos e são redondos.
Quanto às suas flores na Bauhinia variegata elas desenvolvem-se em racimos ou cachos laterais e costumam aparecer um pouco antes da foliação. Têm um cálice estratiforme, são de cor rosa ou branco, desprendem um cheiro perfumado e são muito semelhantes às orquídeas, daí o seu nome.
O fruto desta árvore é uma vagem coriácea.
Cultivo da árvore das orquídeas
Como todas as espécies vegetais, a Bauhinia variegata necessita de condições de cultivo particulares para se poder desenvolver sem nenhum problema ou inconveniente.
A rega, o adubo ou o solo são aspetos-chave.
Vejamos, portanto, os requisitos da pata de vaca:
- Prospera em zonas de semissombra ou em pleno sol. Necessita de temperaturas quentes e não sobrevive às geadas.
- Não é muito exigente quando ao solo onde for plantada, contudo, prefere um terreno bem drenado e que tenha um pouco de areia e material orgânico.
- Deve-se regar com regularidade quando ainda é uma árvore jovem e durante o verão e depois reduzir a quantidade de água quando for adulta.
- Em relação ao adubo, é importante que saiba que necessita de matéria orgânica no inverno e, além disso, requer um par de fertilizações com adubos minerais.
- Depois da floração, é recomendável realizar uma poda de formação, para manter a copa arredondada.
Lagerstroemia indica, árvore ornamental de tamanho pequeno
- Nome comum: extremosa, suspiro, flor-de-merenda, escumilha, resedá ou árvore-de-júpiter.
- Nome científico: Lagerstroemia indica L.
- Classe: Magnoliopsida
- Ordem: Myrtais
- Família: Lythraceae
- Género: Lagerstroemia
- Origem: a Extremosa é originária da China. Entretanto foi-se cultivando noutras regiões do continente asiático, como por exemplo Japão e Índia. É uma espécie que foi introduzida na Europa a partir do século XVIII.
A Lagerstroemia indica é uma árvore caducifólia que frequentemente apresenta vários caules. Tal como as duas árvores abordadas anteriormente, esta espécie é de tamanho pequeno (mede cerca de 8 metros). Mas, com a passagem dos anos, pode atingir os 15 metros de altura.
O tronco tem uma casca lisa e de cor parda. Além disso, cresce retorcido.
As folhas são caducas, ou seja, caem na época seca. Desenvolvem-se de forma oposta. As superiores são alternadas. Chegam a medir uns 7 centímetros de comprimento e têm uma cor verde escuro quase cinza.
A árvore-de-júpiter floresce no verão.
As flores aparecem em lindos buquês de cor branca, vermelha ou rosa. São hermafroditas e radiantes. Apresentam sépalos soldados, um cálice com forma de campânula e uma corola com 6 pétalas.
Os frutos encontram-se em cápsulas de cor castanho. São estas cápsulas que contêm as sementes, de uns 8 milímetros de comprimento e de cor castanho-claro.
É uma árvore que goza do atrativo ornamental durante praticamente todo o ano e não sé pela sua floração espetacular – também pela sua casca.
Suporta a vida em cidade sem nenhum problema, daí que seja habitual ver-la a decorar os jardins urbanos.
Requisitos da Lagerstroemia indica para um bom cultivo
A árvore-de-júpiter é uma planta de crescimento lento e com uma manutenção média.
Como as anteriores, requer uma série de condições para se desenvolver corretamente. Por isso, deve-se prestar atenção a aspetos tão importantes como a rega, a luz ou o adubo.
As necessidades da Lagerstroemia indica são as seguintes:
- Pode ser plantada em vasos ou diretamente na terra do jardim.
- De clima temperado, é uma espécie que deve ter uma exposição de um pouco de sol ou de sol direto. Ainda que prefira as zonas de calor, é capaz de suportar geadas.
- Como seria de esperar, as regas devem ser abundantes nos períodos de mais calor e escassas no inverno.
- O melhor solo para esta árvore é aquele que estiver bem drenado e que seja rico em matéria orgânica. Prefere os que não estejam demasiado soltos e que tenham um PH ligeiramente ácido.
- Recomenda-se adubá-lo durante os meses de verão com adubo mineral diluído na água da rega.
- A poda deve ser realizada no final do inverno. Elimine os ramos débeis e os rebentos do ano anterior.
Cercis siliquastrum, a árvore ornamental de flores cor-de-rosa
- Nome comum: olaia, árvore-de-Judas; árvore-do-amor.
- Nome científico: Cercis siliquastrum L.
- Classe: Magnoliopsida
- Ordem: Fabales
- Família: Fabaceae
- Género: Cercis
- Origem: a Cercis siliquastrum é uma árvore caducifólia originária do sul da Europa e de algumas zonas da Ásia ocidental. Esta espécie é nativa do norte do Mediterrâneo e com o passar dos anos foi introduzida no centro da Europa, na África tropical e na América do Norte.
- Esta árvore pode ser vista nas encostas áridas da ribeira dos rios.
A Cercis siliquastrum, conhecida habitualmente como olaia ou árvore do amor, é outra das árvores ornamentais mais comuns. Trata-se de uma espécie caducifólia que perde as suas folhas no período seco. É de tamanho pequeno, pois, normalmente só alcança os 6 a 8 metros de altura, podendo chegar aos 15 em ocasiões muito excepcionais.
É popular graças aos seus frutos e às suas flores.
A olaia tem um tronco de casca lisa, negro quando é adulto e apresenta uma copa irregular e aberta. Deste tronco crescem ramos tortuosos.
As folhas são simples, alternas e de forma redonda. Têm um comprimento aproximado de 7 a 12 centímetros e um ápice arredondado. Além disso, são de cor verde-escuro na página superior e cinza-azulado na página inferior.
A Cercis siliquastrum floresce na primavera.
E chegamos à parte que mais destaca esta árvore, as flores. Estas são do género masculino e feminino (hermafrodita ou dioica). Possuem uma corola cor-de-rosa. Agrupam-se em cachos de 3 ou 6 flores diferentes.
Os frutos são vagens de color púrpura – depois passam a castanho escuro (segundo o estado de amadurecimento).
Se procura uma árvore para decorar o jardim, com flores bonitas e de tamanho não muito grande, a Cercis siliquastrum é perfeita.
Como cuidar a olaia
A Cercis siliquastrum necessita de condições de plantação particulares para se desenvolver em todo o seu esplendor. Ainda que seja uma árvore resistente, devem cumprir-se os seguintes requisitos:
- O clima a que se adapta melhor é o mediterrânico, dado que é capaz de suportar calor no verão e temperaturas suaves no inverno.
- A rega da olaia deve ser efetuada com muito cuidado, pois a rega a mais ou a menos podem ser fatais. Evite os encharcamentos.
- O solo deve estar bem drenado para evitar esses temidos encharcamentos. A árvore tolera os terrenos alcalinos e os ácidos, não é exigente.
- Adube-a quando começar a florescer e até ao outono, assim conservará as flores o máximo tempo possível.
- Necessita de espaços em que esteja exposta à luz solar.
- Tolera a poda de formação.
Assim termina a nossa análise a quatro das árvores ornamentais mais comuns. Esperamos que tenha sido útil e inspirador para o seu jardim.