Se procura uma planta com flor, perfumada e de manutenção simples, esta é o cravo
Uma das plantas de flor mais usadas na decoração, o cravo.
Esta planta herbácea do género Dianthus apresenta uma folhagem perene que se mantém verde durante todo o ano, umas flores cespitosas, perfumadas e de uma grande variedade de cores.
Neste artigo vamos mostrar-lhe cada uma das características presentes nos cravos, desde a aparência das suas folhas até a forma das suas flores. Além disso, detalharemos que aspetos se devem ter em conta ao cuidar desta planta.
Vamos lá!
Conhecido cientificamente como Dianthus caryophyllus, o cravo é uma planta herbácea com caule lenhoso muito característica da Península Ibérica. Distribui-se pelas regiões mediterrâneas, mas é aqui onde cresce de forma espontânea.
O género Dianthus compreende mais de 200 espécies, sendo a Dianthus caryophyllus a mais importante e uma das mais empregadas na decoração.
O cravo é de porte herbáceo, no entanto, como mencionado, apresenta uma base lenhosa. Além disso, e como características destacadas, as suas flores são cespitosas, ou seja, os seus rizomas são curtos e dão lugar a massas densas com alturas que podem superar o metro.
Mas vamos por partes.
Comecemos por descrever como são as suas folhas. O cravo é de folhagem perene ou, dito de outro modo, as suas folhas mantêm-se verdes durante todo o ano. São lineares, estreitas e desenvolvem-se a partir de cada nó de forma oposta.
Todos os caules formam uma flor terminal.
Estas flores, cada uma delas possui pelo menos cinco pétalas onduladas, caneladas ou dentadas. São vistosas, desprendem uma fragrância forte e produzem-se durante quase todo o ano (as variedades silvestres costumam fazê-lo na primavera e no verão).
As tonalidades das flores variam desde o clássico vermelho até ao rosa, amarelo, branco e mesmo cores mistas.
Agora já sabe porque é que o cravo é uma das plantas mais usadas na decoração. Desde a ornamentação de jardins e divisões interiores até à elaboração de ramos.
Ao cultivar cravos, um dos aspetos mais importantes é escolher o substrato em que plantar os cravos. Esta planta prefere um terreno solto, poroso e, sobretudo, com uma boa drenagem.
O cravo não tolera os encharcamentos de água pois podem causar o apodrecimento de doenças ou pragas.
O pH do terreno deve estar entre os 6.5 e os 7.5
Como planta mediterrânica que é, o cravo requer estar localizado em zonas banhadas pela luz solar. De facto, ao contrário de outras espécies, necessita de sol pleno para crescer adequadamente.
Se procura que os seus cravos tenham um crescimento vegetativo ótimo, caules rígidos e uma floração densa, coloque-os no lugar adequado.
Mas atenção, um excesso de luz e a altas temperaturas pode provocar o desenvolvimento de caules curtos. O melhor? Um bom equilíbrio de iluminação.
O cravo deve ser regado através de regas frequentes e curtas. Prefere a rega gota a gota e o fornecimento de água dependerão do substrato e da época. Com isto, referimo-nos a que quando é verão e a terra está seca, deve-se regar com maior quantidade de água.
Além disso, recomendamos manter o substrato húmido sempre. Recorde-se, não o encharque.
A humidade ótima relativa para o cultivo de cravos está em torno dos 60 a 70%.
Se a humidade for maior, aumenta o risco de doenças. Se, pelo contrário, é menor, corremos o risco de que a planta descaia e mais grave, que apareça a praga da aranha vermelha.
A temperatura ótima diária encontra-se em torno dos 24⁰ centígrados. A noturna pode baixar até aos 10⁰ centígrados. Temperaturas abaixo desses 10⁰ centígrados são problemáticas e os 0⁰ centígrados são fatais.
A parte mais afetada pelas geadas são as flores (manchas e deformações).
Para conseguir um bom crescimento das flores e estimular a floração, aconselha-se fazer a “prisão” do cravo pelo menos duas vezes.
E o que é a prisão ou parada?
A prisão é o processo pelo qual se retiram algumas flores para conseguir uma melhor ramificação e flores maiores.
A primeira ”paragem” deve ser feito aos quinze dias da plantação (4 a 5 semanas) e consiste em fazer um corte por cima do quinto nó da planta. Quanto mais alto se fizer este corte, mais flores se obterá.
Passadas umas 5 ou 6 semanas, recomenda-se proceder à segunda “paragem”. Este realiza-se sobre as ramificações que se tenham obtido do primeiro e por cima do terceiro nó.
Esperamos que goste deste artigo e que graças a ele fique com o ‘bichinho’ da jardinagem.
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