Voltamos com outro artigo para os amantes da jardinagem e das plantas. Uma nova ficha, tendo desta vez como protagonista uma árvore, a Robinia pseudoacacia, a falsa-acácia, acácia-bastarda ou robínia.
Trata-se de uma espécie que se distribui pelas regiões do este e centro dos EUA e por praticamente toda a Europa. Quase de certeza que já passou por robínias em muitas zonas da sua cidade, dado que é ideal para plantar em caminhos, jardins e mesmo junto a bermas.
Destaca-se pelo crescimento rápido, por uma enorme resistência e pela sua grande longevidade (há exemplares com mais de 100 anos.
Nesta nova ficha poderá encontrar todas as características da robínia, os usos mais importantes (o uso da madeira, as aplicações ornamentais, etc.) e as condições de cultivo de que necessita.
Um guia completo e detalhado!
A Robinia pseudoacacia, conhecida popularmente como a “acácia-bastarda”, é uma árvore de crescimento rápido que se caracteriza por ter folhagem caduca. Esta espécie pode alcançar os 30 metros de altura, ainda que geralmente seja mais pequena.
A sua casca é espessa, de cor castanha na juventude e vai escurecendo à medida que amadurece, apresentando fissuras profundas. A robínia está ramificada desde pouca altura em várias hastes ascendentes, pelo que a sua copa é estreita.
As suas folhas crescem de forma alterna e são imparipinadas, ou seja, possuem um último folíolo que remata o extremo distal do ráquis, pelo que o seu número é ímpar.
A folhagem é caduca, ou seja, cai durante o outono e o inverno. As suas folhas são compostas por vários pares de folíolos de forma oval e por um terminal. Têm um tamanho aproximado de 10 a 25 centímetros e são de cor azulada na parte direita da folha e mais pálidas no avesso.
As flores da robínia desenvolvem-se na primavera. São flagrantes e crescem em cachos pêndulos de 8 a 20 centímetros. Apresentam uma tonalidade branca e possuem uma corola com 10 estames, 9 deles ligados ao tubo e um livre na base.
O fruto é um legume comprimido de cor canela.
Este contém geralmente 4 a 8 sementes, tem um tamanho de 4 a 5 mm de comprimento e apresenta uma superfície lisa. Amadurece no final do outono e fica na árvore até que chegue a primavera seguinte.
As sementes possuem um componente tóxico.
Caso sejam consumidas. Quando um animal ingere sementes de robínia, acaba por ficar doente e por sofrer anorexia, depressão, diarreia e debilidade geral.
Desde há muitos anos, e como ocorre com outras espécies arbóreas, na Península Ibérica (e noutras zonas do mundo em que o clima é favorável) a robínia tem tido uma importante utilização florestal. As plantações mais importantes ocorreram no norte da costa atlântica, no norte e no leste de Espanha, sempre junto à costa.
Mas se a falsa-acácia se destaca por algo é pelas suas aplicações ornamentais.
Esta árvore, ainda na atualidade, é usada na decoração de jardins, em concreto, é a espécie perfeita para criar um lugar com sombra.
Além disso, a robínia também tem os seguintes usos:
Como pode constatar, não é uma mera árvore que decora os nossos espaços verdes; também tem diversas aplicações económicas significativas.
Como mencionado anteriormente, a robínia encontra-se distribuída como planta ornamental ou de forma silvestre ou selvagem. Quando cresce dessa forma, esta árvore pode ser encontrada em taludes, bermas de caminhos, valas ou em bosques frescos.
E este crescimento não é um acaso.
Para se desenvolver nestas localizações, têm que se dar uma série de condições de cultivo. Com isto estamos a referir-nos a um tipo de solo, a umas temperaturas ou uma humidade concreta. Além disso, para crescer no seu jardim, requer alguns cuidados específicos.
O que deve saber a respeito das necessidades ecológicas da robínia é o seguinte:
Tal como sucede com outras espécies que já analisadas neste blogue, em algum momento da vida desta árvore, podem ocorrer complicações no seu desenvolvimento. Estas, normalmente, são causadas pelo aparecimento de alguma doença, pelo ataque de alguma praga ou por simplesmente ter-se dado um mau cultivo.
Um exemplo habitual é um inseto perfurador da casca que habitualmente transmite também o fungo Phillinus rimosus. É conhecido como Megacyllne robinae e ataca a árvore desde que as primeiras larvas (que são depositadas na casca) perfuram a madeira.
Debilitam a árvore e induzem a infeção por fungos.
Outro perfurador, neste caso das folhas, é o Odonta dorsalis. Este inseto deposita os ovos nas folhas da Robinia pseudoacacia e as larvas alimentam-se delas.
Também é uma árvore muito suscetível ao ataque das cochonilhas e dos pulgões. As primeiras alimentam-se da seiva da robínia e causam malformações nas folhas. Os segundos situam-se nas partes aéreas da falsa-acácia, sugam a seiva e provocam problemas no desenvolvimento das flores.
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